Seremos vulgares
[minha caríssima Tássia], vulgares na vulgar quintessência da vulgaridade. Não
existirão [minha dulcíssima Tássia] bailes funk,
forró eletrônico, música brega-techno mais rasteiros que aqueles que eu te
levarei – sem deixar de mascar chicletes baratos, usar boné para trás e calças
jeans apertadíssimas com enfeites de metal sem dispensar um cantinho de ferrugem.
E em todos os anais da Humanidade não se registrará um chevette amarelo-dourado
mais faiscante que aquele com o qual te levarei.
Nem os filósofos
mais renitentes [minha preciosíssima Tássia], em suas exaustivas enumerações do
ser, jamais cogitarão de tops mais apertados
que aqueles que usarás {a forçar o silicone dosagem-jumbo dos seios em bolas a
saltar] nem de bermudas de tecido quadriculado mais barato a marcar as bordas
da sua tanguinha rosa-esfarelada de três réis a dúzia.
E vulgares
os dois [minha aventureiríssima Tássia] entupir-nos-emos de caipirinha custo-lá-em-baixo
[limões comprados no atacadão] e de música a destruir tímpanos, e nos chacoalharemos
em baile a duas moedas a entrada.
E lá pelas seis
[minha notívaga Tássia] puxar-te-ei para o banco traseiro do carraço e lá tu cantarás
sinfonia de palavrões – reclamarás do tamanho, da rigidez, da firmeza, dirás que
os 17 ou 57 anteriores não chegavam à metade, irás me insultar e pedir mais.
E nos
abraçaremos [minha queridíssima Tássia] um abraço vulgar como só amantes como nós
sabem fazer.
Como sempre, conto fantástico. Parabéns
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Beijoos
Anjinha Sexy
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