Serei seu cafetão, Helena Maria –
amante profissional, gigolô, call-back, only for women, vulgaridade
máxima – quatro horas de musculação por dia, whey, maltodextrina e
tríceps a pular da camiseta um número menor apenas para mostrá-los mais.
E máximo de classe – saberei
distinguir um Merlot de um Cabernet Blanc, falarei sobre os últimos desenvolvimentos
da política no Leste Europeu e ainda desempenharei papel de seu sobrinho lá de
São Pancrácio da Serra, se por acaso você topar com uma prima de uma conhecida
naquele bistrôzinho discreto no qual você achou que não toparia com ninguém.
Serei militante, Helena Maria –
Direitos Iguais. Por seis mil e setecentos anos executivos em cidade estranha,
viúvos entediados e mesmo cavalheiros com aliança a fim de uma variada tiveram
companhia na outra ponta de uma linha de telefone – cabelo na cintura, cada
músculo nos trinques, sorriso permanente e bronzeado em cada vinco. E
excetuando o comprimento do cabelo isso serei eu [Helena Maria], versão
masculina para você - executiva em cidade estranha, viúva entediada ou mesmo
madame com aliança a fim de uma variada.
Tirarei tudo devagar, a começar do nó
da gravata Hermès [você como plateia de meu show único], piscarei uma primeira
vez no terceiro botão da camisa negra e uma segunda vez no zíper. Brindaremos
mais um Moet e serei professor ou aluno, jóquei ou puro-sangue – você
decide, Helena Maria, pois serei seu cafetão - amante
profissional, call-back, only for women, only-for-you.
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