Beatriz Portinari não morreu. [Seu túmulo na capela de uma ruazinha
de Florença se encontra vazio, ou ocupado por tesouros ou documentos de incomensurável
valor de acordo com a versão que se consulte]. E por discutível que seja essa imortalidade
alguém que viveu há sete séculos, a versão mais imaginativa [embora não a mais fantástica]
insiste que vive até hoje, em um paraíso de poetas e suas musas, junto com Homero,
Milton e Paulo Leminski. Há porém [sobre Beatriz Portinari] afirmações mais
ousadas.
Todos conhecem a História: aqui a Casa dos Alighieri – ali o
Sobrado dos Portinari. Entre ambas a capela – o único lugar onde a adolescente
dos Portinari podia se encontrar com Dante, o adolescente dos Alighieri. E os
olhares furtivos, as promessas de amor eterno, o exílio do político eterno perdedor
Dante, o casamento forçado dela com um velho chato e gordo, a morte intacta, os
livros de poemas dedicados posteriormente por ele. Uma história romântica [talvez]
em demasiado para ser real.
Uma velha alcoviteira, que contou para uma lavadora de
pratos, que relatou para uma cozinheira, que afirmou para um escriba, revelou que
as matas de Florença abrigaram histórias de arrepiar os cabelos dos poetas do
romantismo que divulgaram a versão standard,
todas envolvendo Beatriz de quatro e o jovem Dante a contemplar o Céu e gemer,
sem que isso envolvesse qualquer sentimento celestial, e com muitas poucas
sedas venezianas a cobrirem seus corpos. Esta versão [talvez tão incrível
quanto a normal] pode ter [no entanto] efeitos imprevisíveis sobre o afluxo turístico,
razão pela qual é pouco provável que as agências de viagem e o Governo da Itália
a endossem.
Muito belo e sedutor!
ResponderExcluirBjos-Óptimo Domingo
Hoje, gostava de receber a sua carinhosa visita.
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