domingo, 29 de maio de 2016

Centésima-décima-segunda noite - Amantes Moderníssimos seremos

Amantes modernos [Vládia Teresa] modernaremos para valer. Seremos arroz de festa [Vládia Teresa] umas festas muito animadas com amigos para lá de especiais, nas quais metade se classificará não só pela simpatia e boa vontade mas pela centimetragem. E eu deslizarei a microtanga de seda verde-transparente por suas coxas e lhe oferecerei, posição de doce quatrinho. E a festa começará para nós dois – para mim uma suave e dolorosa festa de mirar teu rosto a franzir os olhos e comparar-me com os presentes que lhe darei – cada presente plastificado e longo.

Quanto a mim, serei cavalinho para senhoras casadas entediadas, com seus maridos a observar a cavalgada, sempre a subir e descer, e sair na H hora e ser por outra substituída. Serei garçom muito especial entre vários, todos empenhados em servir com o melhor de seus dotes a uma dama em êxtase. E com o canto do olho verei você a conversar com uma amiga, e depois com outra, e até uma terceira [Vládia Teresa] – amigas muito especiais em conversas especialíssimas, com seu rosto a procurar a profundidade entre as coxas da outra [Vládia Teresa] enquanto a [muito amiga] faz o mesmo com você.

E depois disso [depois] vou lhe levar para casa [para a nossa casa] e esquentarei três dedos de leite com um par de biscoitos, vou lhe abraçar e dormiremos juntinhos e a ouvir a Berceuse de Brahms e sonhar com uma nova festa.

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