Salomão [o Rei] teve setecentas esposas e trezentas
concubinas – isso o Mundo sabe desde o Livro dos Reis. Tais números geram [quase
e sempre] sorrisos e uma pergunta que não fica no ar, é bem repetida: Como dava ele conta??... E mais sorrisos
se multiplicam.
Essa pequena crônica não se prende a considerações
potencialmente viagrísticas. Realizo outra pergunta, sempre deixada de lado porém
muito mais capciosa: do ponto de vista desta pequena [e na verdade não tanto] multidão,
Como Aparecer no Meio das Outras??
Professores da Universidade de Esmirna-V [trabalhando em pequeno
laboratório da sua congênere em Abu Dhabi] descobriram dois velhos alfarrábios nas
areias do Nilo que revelaram certa Sarah, sempre a primeira escolhida nas noites
de amor do poderoso Rei. Não a mais loura, nem a mais morena, nem a mais alta,
nem a mais magra. Bela, mas havia outras mais.
A jovem Sarah sabia se vestir [mas não o fazia excessivamente]:
laminava o momento exato de afastar a seda do Pamir e mostrar uma meia lua do
bico, ou a maneira exata de em fração de segundos afastar as coxas para sugerir
a Sua Majestade que para ele as afastaria ao triplo. Suas conversas envolviam textos
antigos e diálogos de Filósofos liceanos, e de vez em quando uma doce palavra feia,
para mostrar que era cérebro e corpo – e o Rei a preferia, para o leito e para
dar joias.
Os tais professores [em epílogo bem pouco científico]
dividiram-se em considerá-la heroína ou espertalhona [enquanto creio em intermédio].
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