segunda-feira, 30 de maio de 2016

Centésima-décima-terceira noite - Amante de Salomão

Salomão [o Rei] teve setecentas esposas e trezentas concubinas – isso o Mundo sabe desde o Livro dos Reis. Tais números geram [quase e sempre] sorrisos e uma pergunta que não fica no ar, é bem repetida: Como dava ele conta??... E mais sorrisos se multiplicam.

Essa pequena crônica não se prende a considerações potencialmente viagrísticas. Realizo outra pergunta, sempre deixada de lado porém muito mais capciosa: do ponto de vista desta pequena [e na verdade não tanto] multidão, Como Aparecer no Meio das Outras??

Professores da Universidade de Esmirna-V [trabalhando em pequeno laboratório da sua congênere em Abu Dhabi] descobriram dois velhos alfarrábios nas areias do Nilo que revelaram certa Sarah, sempre a primeira escolhida nas noites de amor do poderoso Rei. Não a mais loura, nem a mais morena, nem a mais alta, nem a mais magra. Bela, mas havia outras mais.

A jovem Sarah sabia se vestir [mas não o fazia excessivamente]: laminava o momento exato de afastar a seda do Pamir e mostrar uma meia lua do bico, ou a maneira exata de em fração de segundos afastar as coxas para sugerir a Sua Majestade que para ele as afastaria ao triplo. Suas conversas envolviam textos antigos e diálogos de Filósofos liceanos, e de vez em quando uma doce palavra feia, para mostrar que era cérebro e corpo – e o Rei a preferia, para o leito e para dar joias.

Os tais professores [em epílogo bem pouco científico] dividiram-se em considerá-la heroína ou espertalhona [enquanto creio em intermédio].

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