Não pesarão
em mim [Tássia] os domingos às dezenove horas e vinte minutos em que não te
coloquei de quatro em uma mesa forte e baixei tua tanga até os tornozelos. Nem
aquelas seis da manhã em que acordaste com um Zeppelin suspenso a um par de
centímetros de tua boca, a mesma boca que o faria desaparecer.
Não pesarão
em mim [caríssima Tássia] as praias de finíssima e branca areia [desertas ma non troppo] em que de repente a sua
microtanga comprada na Internet se me parecerá enorme, gigântica, do tamanho de
Paris, e eu a deslizarei por suas coxas e, coerente, despir-me-ei de qualquer
vaidade e pano, e correrei atrás de ti – tu a dares gritinhos.
Não pesarão
em mim [destemida Tássia] os momentos de indecisão em que [eu a vislumbrar com
sobeja clareza o limite da sua marca de bronze] entrarei [visitante de honra]
em um dos caminhos que levam a teu ser, e depois entrarei pelo outro, e depois
voltarei ao primeiro, e depois experimentarei do novo o segundo [nós dois a
olharmos na mesma direção], tu de olhos fechados a recitar sonetos ininteligíveis.
Não pesarão
em mim [preclara Tássia] nada que não farei contigo, nem gritos, nem dores, nem
molas quebradas de camas e carros.
Não pesarão em
mim [querida Tássia] pois farei de tudo isso um pouco, e demais.
Interessante!
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