segunda-feira, 6 de junho de 2016

Centésima-décima-nona noite – Não pesarão em mim, Tássia



Não pesarão em mim [Tássia] os domingos às dezenove horas e vinte minutos em que não te coloquei de quatro em uma mesa forte e baixei tua tanga até os tornozelos. Nem aquelas seis da manhã em que acordaste com um Zeppelin suspenso a um par de centímetros de tua boca, a mesma boca que o faria desaparecer.

Não pesarão em mim [caríssima Tássia] as praias de finíssima e branca areia [desertas ma non troppo] em que de repente a sua microtanga comprada na Internet se me parecerá enorme, gigântica, do tamanho de Paris, e eu a deslizarei por suas coxas e, coerente, despir-me-ei de qualquer vaidade e pano, e correrei atrás de ti – tu a dares gritinhos.

Não pesarão em mim [destemida Tássia] os momentos de indecisão em que [eu a vislumbrar com sobeja clareza o limite da sua marca de bronze] entrarei [visitante de honra] em um dos caminhos que levam a teu ser, e depois entrarei pelo outro, e depois voltarei ao primeiro, e depois experimentarei do novo o segundo [nós dois a olharmos na mesma direção], tu de olhos fechados a recitar sonetos ininteligíveis.

Não pesarão em mim [preclara Tássia] nada que não farei contigo, nem gritos, nem dores, nem molas quebradas de camas e carros.

Não pesarão em mim [querida Tássia] pois farei de tudo isso um pouco, e demais.

Um comentário:

  1. Interessante!

    http://poetisasensualeerotica.blogspot.com.br/

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