Tássia tocou
violino para mim vestindo apenas algumas gotas de Chanel 5 em uma dessas tépidas
noites de junho de dois mil e sempre. [Eu como única plateia, um facho de luz
no teto direto sobre seus longos cabelos negros como única iluminação]. Sua mão
esquerda segurava suave o Mendini de
puro pinho e com a outra deslizava o arco como se não ele, mas o próprio mundo
estivesse em movimento.
Solfejou pela
Partita n. 2 de Johann Sebastian Bach
e a bamboleante melancolia setecentista fez conjunto em perfeição com os acordes
do corpo de Tássia – as coxas grossas a culminar nos quadris curvilíneos que afinavam
na cintura – Tássia toda em curvas, mais que toda mulher. Seguiu o Capricho n. 1
de Paganini e o nome da canção se coerentizava com os seus caprichos próprios –
desde as unhas cobertas de suave vermelho até as pontas do cabelo, em curva absolutamente
insólita, existente apenas pela beleza em si.
Como muitas
plateias tive o pensamento de jogar-me a seus pés e como nenhuma plateia fiz isso.
Beijei-lhe os pés [ela no Concerto em Sol Maior n. 3 de Mozart] e depois os
tornozelos, e os joelhos, e quando chegava ao clímax da obra do Mestre de Salzburgo
eu me perdia – não no labirinto da grande arte mas nas trevas entre suas coxas.
Tássia tocou
violino para mim e [olhos fechados e respiração a pesar] conseguiu não perder nenhuma
nota – para mim, que a aplaudi com beijos fundos, cada vez mais.
Mais uma belíssima história de amor. Lindo demais!
ResponderExcluirBjocas doces
Prazeres e Carinhos Sexuais