sábado, 9 de abril de 2016

Centésima noite – Elogio do Meter Violento

Mentiram-me, Tássia, e mentiram-me desde que nasci: as moças são mais delicadas, meigas, rivalizam com flores e por falar em flores você estraçalhou essas crenças como se faz com pétalas. Peitos amassados, bagos estapeados, nádegas vermelhas de palma de mão – no que fazemos [Tássia] vale [quase] tudo ou mais que isso. Penetra-se, agarra-se, puxa-se, amassa-se. E a dor [Tássia] não é tímido penetra que queda pelos cantos a filar salgadinhos nas travessas – ela é convidada de honra na festa, assentando-se na cabeceira da melhor mesa e permanecendo por muito tempo depois que os outros convidados forem embora – no dia seguinte meus bagos ainda acusam o resultado da jornada, e você tem de usar sutiãs mais folgados para evitar a doce dor do aperto.

Dizendo não ao correto político cai um em cima do outro [transformado em vítima] e bate, aperta e penetra, reduzindo-o a objeto a ser usado ao prazer-bel, com total desnecessidade de licenças e completa desconsideração por gemidos e outros ais – e boca do outro permanece por muito com o exato sabor.

Violentos e amantes [cara Tássia] somos nós em um mundo de pessoas decentes e comportadas – coisas que não somos, e o êxtase e a dor nos lembram isso.

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