Imagino [minha cara Tássia] uma história de amor [uma
história que começou muito antes de você me conhecer] – uma história de amor
entre você e sua mão direita [e às vezes até a esquerda]. Você descobriu e
desenvolveu as delícias do prazer-sozinho, dedos-em-trabalho, a siririca.
Acordo com o vibrar leve da cama, ritmada pela sua siririca
matinal – às vezes a calcinha-tanga puxada de lado, ou escorregada até a
barriga das pernas, ou mesmo sem ela. Você [olhos entrefechados] sonha com meu
falo, ou com o de outro, ou com o de outros, ou com a doce racha de outra]. E
eu não perco nem uma metade de segundo – das carícias iniciais, mais leves e de
tom preparatório, até o espasmo final das coxas e o inevitável gritinho.
Outra vez lhe vi em nossa banheira a encontrar para o chuveirinho
uma nova utilidade – o fluxo concentrado da água entrava bem mais que o usual,
sua mão a abrir caminhos para ele e encontrar pontos exatos.
Outras vezes nem sua mão buscou caminhos – você usou a minha –
e eu atrás, ao lado de você fiz o trabalho pesado [se é que isso é pesado, e se
é que é trabalho] enquanto você não sonhava – vivia uma realidade melhor que
sonho.
Você [cara Tássia - direta como sempre foi sua virtude] me
declarou que a masturbação seria parte importante de nossas vidas, e foi e está
sendo. Alguns sonham com o futuro, outros têm ideias e outros querem deixam
legados – nós nos masturbamos [Tássia] e talvez isso seja todo o anterior reunido.
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