Senti o falo de Gustavo Daniel quando me baixei tendo
recém-colocado meu [não exatamente grande] biquíni estampado Jatiúca e medi uns
dezoito centímetros, para dizer o menos, além de uma circunferência quer nem a
mais exigente cortesã qualificaria como menos que respeitável. Em tempo: quando
completei vinte e um decidi – nunca me casaria; nunca namoraria firme em
excesso; nunca ficaria mais de trinta segundos com quem quisesse qualquer
dessas coisas.
Hoje aos trinta e nove mantenho com firmeza essas solenes
promessas, além da mais sacrossanta delas: a de namorar a valer – namoros de
depois-vem-tchau. Não se animem, rapazes, há uma série de requisitos: menos de
dezenove anos completos, nem pensar, por óbvias razões; mais de vinte e três,
também não – os caras começam a ficar mandões; excessivamente desinibidos,
bebedores de álcool, fumantes [esses por sólidas convicções antitabagistas
minhas] também nem começar a imaginar. O ideal: na idade certa, tímido, sem
namorada, sem família perto, sem muita raiz na cidade, e o certo tinha nome - Gustavo
Daniel.
Fora meu aluno – boa moça que sou, esperei pacientemente o
semestre da faculdade terminar e ele deixar de ser meu aluno, e convidei-o a ir
à praia. Surpreendeu-se que a praia nada tinha de praia – era a sala de meu ap,
eu ansiosa para inaugurar meu Jatiúca encomendado pela net.
De curtir meu biquíni mal tive tempo – adivinhei os dezoito
centímetros, e em breve atualizei minha estimativa para vinte e um, a mesma
idade do garoto. Senti suas mãos em minha cintura e os impactos, tanto inexperientes
quanto ritmados.
Subitamente quase-virgem, deixei Gustavo Daniel fazer sua
festinha.
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