Pela centésima-segunda vez naquela rodada de bar à noite minha
ex-colega Marielena Teresa me falara a mágica
frase homem não presta, e eu me limitara
a empunhar meu copo long neck repleto
de Alexander e vodca – recusei-me a
defender a nobre categoria a que pertenço. Desnecessário enfatizar que Marielena
Teresa terminara pela 13ª vez o 31º namoro, e afogava comigo as mágoas – afogava
mesmo, um doce afogamento em copázios de Alexander.
Quanto mais o tempo passava menos eu gostava da cara de
meio-bêbada que ela fazia, ou gostava mais, de acordo com o ponto de vista. Perguntou-me
o que eu faria se namorasse com ela – e foi logo adiantando que não adiantaria dizer
que a amava, sempre ficaria com ela e nunca sequer olharia para outra, pois eu
era um homem e todo homem era safado e mentiroso.
Eu disse que não eu, ao contrário dos outros, eu não era
mentiroso, e antes que ela rebatesse continuei – não era mentiroso pois apenas a
levaria para um motel, comê-la-ia, deixá-la-ia em casa e sequer ligaria no dia
seguinte - apenas na semana seguinte, quando quisesse comê-la de novo.
Ela ia me chamar de mentiroso mas viu que sua crítica seria injusta
e calou a boca. Detonou mais dois Alexander
e me chamou de cafajeste. Perguntei porque, já que eu dissera a verdade. Ela me
mandou ficar calado, pagar a conta e dirigir o carro. Fiz o que mandou. Mandou
dobrar à direita. Dobrei. Era o Dream´s
Paradise.
Saímos três horas depois. Ela me disse Não vá fazer como todos os homens. Só me ligue daqui a uma semana, para
me comer de novo. Cumpra sua
promessa.
Sempre com estórias interessantes e excitantes.
ResponderExcluirDeixo um beijoo
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