sábado, 2 de abril de 2016

Nonagésima-terceira noite – Transa entre duas mulheres

- Então, quem vai ser o homem?
- Eu!
Respondi por impulso, antes que estragasse o clima. Difícil encontrar duas pessoas mais normais do que eu, Lúcia, e minha amiga Adriana. A começar de nossos nomes, Lúcia de Fátima e Adriana Maria. Família, faculdades, etc., tudo normal.
É incrível [no entanto] o que um par de cálices de Cointreau não podem fazer. No cantinho do bar eu me vi a reparar como a saia de minha amiga era curta, enquanto ela secava a fenda não pouco cavada de minha blusa verde.
Inventamos algum pretexto idiota de ouvir CDs ou outra bobagem. Mas no fundo sabíamos o que íamos fazer. Saímos a roçar as mãos, contendo nossa vontade de sair de mãos dadas.
Porém no sofá, rock pauleira no ar, a coragem michava. Mãos finalmente dadas, respiração funda de cada uma e nada. Ela fez a pergunta. Pensei agora ou nunca, respondi e ataquei. Minha mão se imiscuiu dentro da sua blusa branquíssima. Adriana pareceu se surpreender mas eu estava decidida a ser o macho ali.  Arrebentei um par de botões que opôs resistência e encontrei os bicos rígidos e nem um pouco pequenos da minha amiga.
Em poucos segundos tirei cada pedacinho de pano que me cobria o corpo, nem tanto por exibicionismo mas porque estava ansiosa para possuir aquela mulher. Ela continha a respiração a me contemplar.
Adriana fez deslizar pelas coxas a saia e a calcinha cor de rosa. Deitou-se melhor. Afastou doce e passivamente as coxas.
Eu respondi mentalmente de novo à pergunta Quem vai?... Eu!
E deitei-me sobre o corpo quente de minha amiga.

Nenhum comentário:

Postar um comentário