Brinquemos [minha cara
Tássia] ou não: levemo-nos [muito a sério]. E na nossa brincadeira [que não o
é] tu serás Cleópatra, e eu teu escravo. Não, nada de Cleópatra. Não toleraria
pensar em Júlio César e Marco Antônio e te dar beijos [e mesmo escravo terei
ciúmes].
Melhor: princesa chinesa [sobrinha-neta
de Confúcio, que o velhinho previu que faria muitas sapequices na vida] mas
não. Digamos, jovem Rainha de algum reino na beira do lago Balkash lá pelo
século XIV.
Tédio e devassidão, como
toda jovem Rainha que se preze, e eu [sem nenhuma originalidade na história] serei
seu escravo: alto a roçar na porta da alcova imperial, os tríceps e peitorais a
saltar, pele de tigre a fazer de tanga.
E tu me rodearás a
contemplar cada detalhe do teu objeto [serei teu objeto, lembra? Teu escravo]. E
a falta do que fazer te fará ter ideias de como se distrair nessa noite [nas noites
antes do Netflix, que convidavam a devassas
distrações].
Tu farás voar a lembrança do
pobre tigre [e ninguém contém as mãos de uma Rainha]. E como toda soberana, no
fundo pensarás apenas no tamanho dos seus domínios.
E então serei inteiramente sua
posse – posse inteira, que não espera a dona dar ordens: os peitorais e outros músculos
servirão para te eliminar qualquer tecido supérfluo e te erguer mais alto que
qualquer outra mortal [Imperatriz que serás] e te colocar com firmeza e cuidado
no teu trono.
E seremos escravo e Rainha [minha
cara Tássia] e os livros de história não lembrarão de nós.
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