Luther und die kleine Teufelchen [que pode ser traduzido de maneira razoavelmente
precisa porém não menos ridícula como Lutero
e as diabinhas] previsivelmente não foi o mais brilhante de todos os
panfletos que a Santa Igreja [e seus bajuladores] lançaram contra o monge
alemão nos dias que se seguram à pregação de suas 95 Teses contra a Venda de Indulgências em uma Igreja de Wittenberg
a 31 de outubro de 1517. Tratou-se porém [e compreensivelmente] de um dos mais
populares, até que o moralismo o relegou aos Infernos das bibliotecas [sendo eles as estantes especiais na qual
se estocavam os livros indecentes], de onde o grande escritor Apollinaire
[também pesquisador do Inferno da
Biblioteca de Paris] o resgatou quatro séculos depois.
O panfleto [que tanto tem se
sensual quanto de ridículo] retrata [sem novidade nenhuma] que Lutero fora
desencaminhado pelo Inimigo para
fazer o mal. Este porém [e também sem se esmerar na originalidade] enviou anjinhas
caídas [ele próprio sendo um anjo caído, recorde-se] para desencaminhar o até
então bom católico do caminho reto e acertado.
A parte cômica do livro [que
deveria ser a parte erótica] mostra as garotas a cercar o monge e a trabalhar avidamente
com suas bocas e mãos. Isso, a se somar ao fato de que o gordinho Lutero nunca
fora exatamente um modelo de beleza, cercou a obra de grande peculiaridade.
E também fez com que Apollinaire
a classificasse como livro cômico.
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