[Essas
são as histórias que Gilberte e Marcelo se contam, pela Internet, à noite.
Gilberte, mãe de um filho deficiente. Marcelo, um explorador em um barco na Antártida.
Se quiser melhor entender leia o capítulo
um, 01/01/2016].
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> {Marcelo] Como está seu filho?
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> Dorme, agora. Não é que nossas histórias chegaram ao terceiro mês??
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> Agora quem pede sou eu. Conte-me histórias daquilo.
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> Bobo. Como está o clima na Antártica?
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> Nove graus, brisa moderada, 8 metros por segundo do oeste-noroeste.
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> Brrr.
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> Quem conta agora é você. Três em seguida.
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> Vamos lá. Que quer ouvir?
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> Que tal moças a lamberem o sorvete umas das outras?
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> Aha, garotos, sempre iguais. Prefiro pensar em três histórias de
mulheres-de-40.
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> Agita!
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> “Imagino uma mulher chamada, digamos, Amanda. Amanda tem 42 anos, 3 meses
e 5 dias, quase exatas duas décadas a mais que Carlos Roberto. Amanda jogou seu
vestido violeta para o espaço e neste momento faz do jovem Carlos Roberto o seu
cavalo. O falo plastificado do rapaz desaparece das vistas do mundo enquanto a
mulher desce com cuidado de acoplagem de satélite sobre ele.
Amanda
roça os bicos escuros na ponta do nariz do garoto, que, ansioso, os engole, e Amanda
aguenta a pontinha de dor. Os movimentos continuam e as estocadas já passam de
cem, se um dos dois se desse ao trabalho de contar estocadas.
Amanda
apesar do nome não ama Carlos Roberto. Quer usar o corpo até então virgem do
rapaz. Nova gata, passeia por cima dele e o sufoca quase a lhe amassar o nariz
entre as coxas. O pobre Carlos Roberto não está no meio do mar, mas uma onda de
umidade lhe cobre a cara enquanto Amanda revira os olhos para o teto!” Que tal
essa?
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> Cruel. Me conta outra.
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Amanhã.