segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Trigésima-nona noite – Doce Egoísmo a dois

Masturbemo-nos, Ana Clara, em doce egoísmo a dois. Minha mão direita [ao teu lado] crescerá uma Torre de Pisa, com cúpula a brilhar. E logo terá companhia da tua mão [Ana Clara] que com o par de dedos já acostumados tocará no teu ponto exato no vão entre tuas coxas, meus ouvidos a escutar o desce-e-sobre molhado.

Espiaremos de olhos semifechados o prazer do outro, Ana Clara [do qual faremos e não parte]. Nossas pernas rocarão de leve e dois ou três gemidos serão a cereja desse bolo matinal.

Logo nossas outras mãos lembrarão que nenhum de nós dois está sozinho no mundo [Ana Clara] e que o outro existe [o leve vibrar da cama a lembrar isso sempre]. Tua mão me percorrerá a floresta de pelos negros do peito e por um tempo [que me semelhará próximo ao infinito] encontrar-se-á com as duas fontes de todo desejo, Ana Clara, alojadas entre minhas coxas, as quais tu [com cuidado de não interromper o trabalho que exerço] apertarás e eu [macho] aguentarei.

E te darei resposta, Ana Clara, subindo [alpinista] com minha outra mão os cumes de teus seios, os quais eu [novo explorador do Everest] farei mais altos, recorde do Guiness.

Um delicado gêiser explodirá, Ana Clara, com o jato seguro por tua mão brincalhona com o mel branco, enquanto a minha procurará o vão entre tuas coxas, o qual uma chuva de orvalho terá coberto – em doce egoísmo a dois, Ana Clara.

2 comentários:

  1. Belo conto.
    Figuras de linguagem perfeitas.... um belo conto.
    Típico de quem domina a língua portuguesa...
    PARABÉNS!!!

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  2. Grato pela resposta e por ter gostado, Delírios!
    Professor Mariano

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