sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Quinquagésima-sétima noite – Penetrei Ana Vitória

Penetrei a vagina de Ana Vitória vinte e nove anos, um mês e dezessete dias depois do dia em que ela nascera, entre as cinco e quarenta e cinco e quarenta e cinco minutos de uma tarde úmida de um dia 26 de fevereiro, chuvinha a cair lá fora. Esmerei-me antes em fazer caírem em sua devida ordem a saia azul-marinho, a blusa bege e terminei por um par de brincos meio-dourados, pois eu decidira que a jovem Ana Vitória merecia ser penetrada completamente nua.

Penetrei Ana Vitória conservadoramente – cavalheiro por cima, dama por baixo, a dama afastando as coxas a tentar abarcar com elas o universo e o continente. Mergulhei meu nariz nos cabelos encaracolados com um suave doce de cânfora, a sentir a ponta de seus dedos me tocarem a cintura como que a desenhar um ideograma em mandarim.

 Ana Vitória revelou-se uma dama – é fácil ser dama com um Dior longo, difícil é sê-lo nua. E Ana Vitória revelou-se à altura de tal desafio – suave serpente, ondulou-se na medida certa e pronunciou com admirável timing a quantidade exata de palavrões – pois só mulheres vulgares amam fisicamente em silêncio.

Novo explorador, quis entender profundamente o enigma dessa jovem mulher chamada Ana Vitória – e para tanto entrei com inteireza [em todos os sentidos da palavra] e deixei-me lá quedar por infinitos minutos, enquanto Ana Vitória me envolvia ritmadamente de calor e umidade.

Penetrei uma jovem chamada Ana Vitória ao som do Coración Partio de Alejandro Saenz – não a melhor da escolhas mas Ana Vitória foi a sua própria trilha musical.

Um comentário:

  1. Imagino que tenha sido mesmo um momento ÚNICO e para recordar...Sim, porque nenhuma mulher é igual a outra, mnenhum momento é igual.
    Adorei o texto
    Espero por si.. :))
    Beijocas bom fim de semana

    AQ» http://prazeresecarinhossexuais.blogspot.pt/?zx=e7c3217bdcc84085

    Bigadu ;-

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