Podes
me chamar machista, Maria Laura, mas eu estou apaixonado por tua bunda. Não pelo teu doutorado em filosofia, pelas histórias incríveis que tu
trouxeste da tua viagem a Istambul ou pelo jeito carinhoso com que tratas os cãezinhos
da rua.
Podes
me considerar cafajeste, Maria Laura, mas eu quero penetrá-la. Não à tua
inteligência, por si tão penetrante dos problemas da cognição matemática, mas à
tua bunda, Maria Laura. Quero segurar pela cintura, saborear cada milímetro a
desaparecer no teu universo, enquanto tu de olhos fechados recitas um soneto de
Camões de trás para diante.
Podes
me julgar um tolo, Maria Laura, mas por ela eu abriria mão de dois Prêmios
Nobel, sete milhões de dólares, da possibilidade de criar algum software revolucionário ou alguma vacina
que empurraria meu nome em futuras enciclopédias. Não abriria mão por ti, Maria
Laura, mas por tua bunda – por apalpá-la, sentir-lhe a firmeza e maciez.
Podes
me denominar sacrílego, Maria Laura, mas eu desistiria de ter meu nome em
igrejas, aliás, esqueceria até seus endereços. E ela seria o meu lugar sagrado,
Maria Laura, a tua bunda, sem esquecer a coadjuvância dos teus seios e coxas e
demais.
Podes
me apelidar alienado, Maria Laura, mas seguiríamos nós dois na vida: tu, a
líder, na frente, eu, Maria Laura, o liderado, atrás de ti, logo, muito colado atrás
de ti. E olharíamos os dois pela vida afora, nossas respirações a se misturar,
nós dois a olhar sempre na mesma direção, Maria Laura.
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