Naquela
noite de fevereiro [beira da piscina no hotel na beira da praia] sabia eu de
duas coisas: uma, não sou uma anjinha; duas, aquele barman era um gato. Gato, gato, tigre, rosnante, leão [antebraços
tatuados e cabeça comprida de ator de Ruliúde] e mais felino ficava a cada dedo
de coquetel Alexander com vodca que eu
entornava.
Aliás
sabia eu de uma terceira coisa: a convenção iria se dispersar e 24 horas depois
eu estaria a um par de milhares de quilômetros dali [o cara a sorrir]. Os
diabinhos do amor [e que raio amor tem a ver com isso] esvaziaram o local e ficamos
ali, eu e o felino e um providencial quartinho nos fundos do bar.
Envolvi
na mão uma garrafa de Eisenbahn, e
passava as mãos nela, cima a baixo, de forma que a pobre garrafa teria crescido
se não fosse de vidro. O cara entendeu [pudera, não??].
Bom
poucos segundos depois eu visitava o quartinho, o rapagão a fechar a porta
atrás de mim [um gentleman] – e o
barulho da embalagem rasgada da camisinha a me dar a única garantia que
precisava. Apoiei-me na mesinha, levantei a midissaia e preparei-me para o
impacto.
Quando
achei que esse demorava, veio de uma vez [o carinha teve de me tapar a boca para
evitar que eu anunciasse ao hotel inteiro]. Esperava um Corsa, veio um 4x4 Utilitário
Esportivo de 99 cavalos. O cara segurava pela cintura e trabalhava com ritmo de
cronômetro – e em tal atividade não demonstrava vestígios de dó. Pensei em pedir
água, mas me veio uma velha frase Desistir
nunca, render-se jamais. Não vão louvar minha bravura??
Belo texto! Gostei de ler
ResponderExcluirEspero a sua visita
Obrigada
Beijinhos
http://prazeresecarinhossexuais.blogspot.pt/?zx=e7c3217bdcc84085