Por sete semanas e meia quis
sodomizar Andréa Carolina. Levei-a a barzinhos hispster [peças de velhos Mercedes-Benz
penduradas no teto], detonamos seguidos copázios de coquetéis Sommerfeeling e Greenwater e rimos muito [os dentes de Andréa Carolina, o marfim
perfeito a encher minha visão] e no caminho de volta [caminho esse para o qual
nutria tantas esperanças] nada.
Depois
tornei-me fit. Vinha pegá-la à sete
da madrugada no domingo [haltere de cinco quilos na mão] para corremos juntos
na avenida fechada. Dividimos scoops
de whey protein e tupperwares de salada de alface e
pepino, Andréa Carolina com seu óculos de sol e sua legging apertadíssima cor-de-abóbora [que nunca me deixava esquecer
meu desejo final]. Desejo que não se realizou.
Metamorfoseei-me
em nerd. Baixei duas dúzias de
programas ilegais ou não, colecionei contas de twitter, spotify, tumblr e mais parta-que-o-raio, aprendi
a manejar três tipos de playstation e
aprendi que RPG não é um tipo de
ginástica. Encostava minha testa na testa de Andréa Carolina quando nossas mãos
se juntavam no joystick ao jogar a
última versão do warcraft. Mas quando
ao nosso outro jogo, o silêncio.
Eu me
transformei então em mais nada. Levei-a para casa após banalíssima água de coco
– ela distraída, como que a medir a resistência da mesa da sala. E disse mais
para si mesma acho que aguenta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário