quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Quadragésima-primeira noite – E começa o show

Amor a três e amor tem pouco a ver com o conjunturoso momento – talvez nada. A classicíssima situação: namorado [meia Eisenbahn na cabeça] conjectura – devaneia – delira – em voz alta sobre a possibilidade de - um dia – quem sabe – talvez – oportunamente – fazerem algo em conjunto com uma – ruiva cacheada – loura platinada – negra black power – e toma mais gole e meio da especial cerveja.

A namorada [também não isenta dos efeitos do etanol e outros baratos alcoólicos] queda mordida: homens! Dispara-volta: E porque não um ruivo... um louro... um negro... e o efeito da loura [a bebida] parece se desvanecer em meio segundo [nele].

Mas não acabou nela. Dia seguinte, mês seguinte, vez em quando a crucial pergunta ronda a cada momento de descontração – E um terceiro?...? E ele desconversa.

Quando querem os deuses ou diabinhos do amor eles querem, e trazem sempre um primo distante, um amigo de um amigo, um ex-namorado sem muitos problemas de passar um par de chifres na noiva que mora em estado vizinho [e foi esse o caso - não muito ético mas quem disse que ética tem a ver com isso?]

Em um quarto no hotel com portão ridiculamente rosa ao lado do campus a namorada [tornada diretora de teatro] faz as marcações e comparações: feliz ao ver que o ilustre convidado especial ostenta um par de centímetros a mais que o titular. Este não se põe muito satisfeito mais o espetáculo deve continuar.

E a grande show-woman sorri ao ver-se no espelhaço, a galvanizar a vida de dois machos. E o show começa.

3 comentários:

  1. Boa tarde

    Também escrevi sobre amor a três. Existe quem goste e quem não goste.
    .
    Deixo Caricias

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  2. Boa tarde

    Também escrevi sobre amor a três. Existe quem goste e quem não goste.
    .
    Deixo Caricias

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  3. Vou procurar e ler com prazer, Sílvia!
    Professor Mariano

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