Tomo
chá com bolinhos e me vem que neste exato momento há gente a fazer isso, aquilo,
formas-mil. [Uma dessas vagas estatísticas por aí fala em cem milhões de
transas todo dia – é muita diversão]. Imagino uma transa, digamos, em Berlim. [Em
algum de bairro de nome impronunciável como Pankow ou Lützowufer].
Ele tem
o inevitável e alemaníssimo nome de Hans. A gata possui o bem internacional
nome de Caroline. Hans e Caroline precisam apenas de uma cama de tamanho suficiente
para que possa ficar um sobre o outro; um quarto com chave; um banheirinho ao lado
- onde eu os ponho, eles possuem tudo isso.
Imagino
que Caroline usava uma curta saia jeans cobrindo uma incômoda calcinha-tanguíssima
vermelha-vaporosa. Usava, pois a tirou frente ao amigo, sem se preocupar nem de
ficar de lado. Incômoda, pois o quase-fio encarnado afundara entre suas bochechas
peludamente alouradas – e Hans dilatou-se uma certa centimetragem ante o espetáculo.
Bochechas
essas que as habilidosas mãos de Caroline afastaram, a amplificar uma doce
caverna de paredes rosadas para – ela tranquila e tedescamente não lhe oferecia
seu coração ou promessas de Hochzeit [casamento]
mas um buraco.
Inclinando
depois da mandatória plastificação o homem providenciou que o mesmo fosse
tampado das vistas do mundo enquanto a garota suportava seu peso recitando
alguma tola canção romântica de Ina Martell.
E
imagino minha transa berlinense a terminar com Hans a pintar faixas brancas nos
bicos rosados de Caroline – e depois a pensar bem alemãmente Sie hat mir durchgefickt – a mulher me trepou-através, ou muito.
Um conto bem alemão...como um filme misterioso de algum diretor de nome impronunciável...
ResponderExcluirBela história!!!!
Um conto bem alemão...como um filme misterioso de algum diretor de nome impronunciável...
ResponderExcluirBela história!!!!
Grato pela resposta e pela visita!!
ResponderExcluirProfessor Mariano