quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Trigésima-quinta noite – Brincaremos de Reino Distante

Brincaremos de Reino Distante – Era uma vez um Reino Muito Distante... e nesse reino tu serás a Rainha [cabelo à la Cleópatra, peles de leão ao pé do trono, tédio do poder, crueldade e sede de prazeres insaciáveis]. E tu lançarás certame – fortuna e ventura sem cálculos – ou a cabeça cortada – para quem satisfizer a rainha. Escravos ruivos do Épiro, louros da Gália, negros da Bitínia – todos murcharão seus muitos centímetros ante a perspectiva do fracasso.

Só eu apresentar-me-ei a teu Trono, e desatarei os laços que prendem os meus poucos panos e meus não recordistas mas respeitáveis vinte e um centímetros se apresentarão [cortesãos e cortesãs em volta]. E não te darei tempo de se recuperar do atrevimento do escravo – afastarei teus joelhos e farei com que surja um rio rosa entre a floresta negra que poucos tiveram a coragem de explorar. E os impactos fortes e ritmados [tu a tentares te segurar nos braços do teu trono] balançarão os seios da rainha, os quais também não descuidarei de amassar.

Depois [explorador] abrirei caminhos outros, a fazer pela porta de trás o que já fizera pela frente, e te mostrarei que mesmo neste Paraíso [minha rainha] há lugar para um pouco de dor, que tu [corajosa] aceitarás.

Terminarei te servindo [e tu serás a rainha] o néctar mais puro direto na tua doce boca de âmbar. E tu [em final feliz] nomearás como favorito a mim, o único que não te tratou como rainha mas como mulher.

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