Sodomizei
Emanoela sobre uma escada, na época em que lia Tudo será como da última vez – uma biografia de Erich Maria Remarque.
As linhas da marca de sutiã nas costas cor de oliva [a magnífica paisagem que
ela me oferecia] e a calcinha-tanga cereja [que seus tornozelos bem afastados
um do outro retesavam até transformar em delicado fio] me lembravam as colinas
belgas em Dixmude, tão bem descritas pelo bardo tedesco.
Penetrei-a
com doçura mas sem descuidar da firmeza [Emanoela voltava o rosto como que a
quero assistir os detalhes de um espetáculo, os milímetros a desaparecer no
interior de seu corpo]. Cada assalto sacudia-lhe os cabelos em caracol, enquanto
seu corpo apertava suave e com ritmo o seu invasor.
Minhas mãos
envolveram os seios de Emanoela enquanto meu corpo amava fisicamente o seu corpo
[o único amor verdadeiro e puro que o mundo talvez jamais venha a conhecer] e
amava da maneira mais original, por trás. Nossos rostos [pois olhávamos os dois
na mesma direção] miravam uma paisagem de algum rio perto de Dresden, cidade
que o artista alemão tão bem conhecera [o batom gloss bege de Emanoela a me marcar os dedos da mão, que impedia que
seus gritos (de extraordinária força pelas sensações extáticas e dolorosas que
sentia) atingissem os ouvidos das outras pessoas na festa, dois andares duplex
abaixo].
Amei por trás
Emanoela quando lia um romancista alemão – e não houve conflitos, lenços para
os que partem e nem melancolias do que sempre deveria ser como da última vez.
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