Festa
de casais, adultíssima, mansão com jardinzaço em Higienópolis, Liberou Geral. Casais
e um avulso. Para ser avulso, precisava de méritos. E o moreno tinha vinte e
dois méritos muito bem medidos, por isso o deixaram entrar.
Aprendeu
logo as regras – primeiro um banho, depois era absolutamente livre vestir-se de
Adão sem folha de parreira. Caiu na festa. Ainda tímido acariciou um par de
seios – lembra apenas da aliança na mão esquerda da mulher e do sorrisão na cara
do marido.
Animou-se
– leia-se enrijeceu-se como água em freezer. Precisava aliviar-se – enfiar aquilo
tudo em algum buraco. Entrou num corredor em busca da sala grande, de onde
vinham gemidos.
Súbito
na frente dele saiu por uma porta uma loura (ainda deu para ver umas mechas de
cabelo preto) carregando dois copos plásticos – sentiu o cheiro adocicado da
caipirinha.
A
loura das mechas vinha para sua terceira festa swingueira – marido a tiracolo. Na
primeira (tímida) permanecera de sutiã e calcinha. Na segunda arriscara uma rápida
com um amigo do marido, com presença aprovadora deste. Na terceira decidira
deixara cair a tanga e nunca se sentira tão livre ao ir à cozinha pegar bebidinhas.
Ao
sair sentiu duas mãos a agarrá-la pela cintura e foi em fração de segundo: apertou
o falo para assegurar-se da plastificação, deixou cair os copos.
Outros
casais passavam divertidos com a cena, os seios da loura balançavam.
E nunca
souberam o nome um do outro.
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