domingo, 17 de janeiro de 2016

Décima-sétima Noite – Heloísa e a ex-aluna

 - Mas Helô, isso não é coisa de lésbica? – e Kátia mordeu o lábio diante do suprassumo de ingenuidade que acabara de proferir.

- Não. Lésbicas se amam, querem viver juntas, querem casar. Tudo bem. Deixa elas. Eu e você só queremos curtir. Você não? – e os dedos de unhas quase-violeta deslizaram sob a blusa da outra e encontraram um bico já rígido.

Heloisa, Professora Heloísa, tinha fama de ser exemplo de ética, tanto entre os colegas catedráticos, entre os alunos de Sociologia IV e para o ex-marido, mesmo depois do divórcio. Notara Kátia, sempre quase-a-sorrir, sempre nas primeiras fileiras, e não fizera nada. Esperara a garota se formar e depois sacou um velho número de telefone anotado. Convidou-a para pizza.

Da pizza a conversas sobre ex-marido de uma e ex-noivo da outra, daí a conversas sobre meses de secura, e a professora ajeitou os óculos grandes-de-intelectual e propôs curtirem uma à outra naquela noite. Nada demais, só se divertir. E Kátia mordeu o lábio após sua pergunta hiperingênua.

Kátia cinco exatos minutos depois de fecharem a porta já se perguntara por que nunca fizera isso antes, tão fácil. Seu topless foi quase imediato e meio minuto depois seus seios com marca muito definida de Ipanema se encontrava com os da ex-professora, em doce atrito.

Uma hora muito rápida depois e antiga aluna vestia de novo a calcinha-tanga verde-abacate. Helô fazia o mesmo com a sua, vermelhíssima.

- Adorei – disse a aluna. Também – sacudiu os cabelos Helô.


E nem se despediram. Só diversão sem compromisso.

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