- Diferente, agora.
- Vai
doer – e ele escorregou no V inicial.
- Mete, cara.
E
tom era mais de ordem que de pedido.
Tudo
normal até então: coleguinho-de-trabalho a comer coleguinha-de-trabalho, moça deitadinha
de pernas abertas, rapaz por cima, tudo [quase] como nossas bisavós aconselhariam,
até os mesmos gritos que as paredes do motel muito originalmente denominado Paradise estariam a descascar de tanto
ouvir, se gritos descascassem.
Até
que ela empurrou bisnagão de creme na mão dele e se colocou na posição –
cavalinho – e ele gaguejou qualquer bobagem e a mulher repetiu o quase-comando,
ou sem quase.
Brilhante
de tensão e gel, o instrumento se fez afundar, ela a puxar fundo o ar com
ritmo, ele sem entender.
A
primeira etapa do foguete, a mais larga da expedição, terminou o seu sumiço no
corpo feminino e ela franzia os olhos.
Segurou-lhe
a cintura com marcas de biquíni. Ela jogou a cabeça para trás. Soltou três ais muito finos e dois putzgrila. Ele temia pela dor que estaria
proporcionando a ela. Ela lambia o lábio superior. Movia-se, felina. Ele quase
que ansiava pelo momento em que ela dissesse que não aguentava mais. E os únicos
ruídos passaram a ser a cama redondona rangendo e as perguntas que ele se
sentia bobo ao fazer.
- Tudo
bem?
-
Mete, cara.
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