quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Vigésima-oitava noite – Dois casais, uma praia

Tantas coisas começam e terminam como uma brincadeira, imagine que você tenha 29 anos, 11 meses e 5 dias se chame Teresa, e [embora não top internacionalésima] fique muito bem em um biquíni. Imagine que você tenha um noivo muito bem dotado de Inteligência, ternura e outras coisas também. E que decidiram passear naquela praia nudista de quilométrico nome na Bahia.

E vocês andaram e andaram, e mais que nudista era uma praia deserta. Imagine que viram outro casal. Baianíssimos. Vocês se cumprimentaram, discretos e civilizados, mas você não deixou de perscrutar os [não poucos] centímetros do rapaz e a faixa de pelos negros da garota – e se sentiu muito olhada e seu namorado por eles também. Afinal, pensou você, praia de nudismo é para a gente ver as propriedades uns dos outros.

Imagino que eles foram e voltaram. E sentaram do seu lado. E que os homens falavam de bobagens. Você e a outra, não – seus olhares se dirigiam sem nenhum vestígio de pudor para as duas torres, que [discreta mas sensivelmente] se erguiam.

E que você não suspeita de quem foi a ideia: em um repente ordenaram que os dois ficassem de pé, soldadinhos lado a lado. E que seus olhos sorridentes se encontraram com os sorridentes olhos da morena. Só os olhos – pois os seus lábios e a boca de batom gloss rosa da morena se enchiam – cada uma com o falo de seu companheiro. Estes olhavam para o céu, sem ter como agir. Vocês duas tinham vontade de rir – mais divertidas que qualquer outra coisa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário