Tantas
coisas começam e terminam como uma brincadeira, imagine que você tenha 29 anos,
11 meses e 5 dias se chame Teresa, e [embora não top internacionalésima] fique
muito bem em um biquíni. Imagine que você tenha um noivo muito bem dotado de Inteligência,
ternura e outras coisas também. E que decidiram passear naquela praia nudista
de quilométrico nome na Bahia.
E vocês
andaram e andaram, e mais que nudista era uma praia deserta. Imagine que viram
outro casal. Baianíssimos. Vocês se cumprimentaram, discretos e civilizados,
mas você não deixou de perscrutar os [não poucos] centímetros do rapaz e a
faixa de pelos negros da garota – e se sentiu muito olhada e seu namorado por
eles também. Afinal, pensou você, praia de nudismo é para a gente ver as propriedades
uns dos outros.
Imagino
que eles foram e voltaram. E sentaram do seu lado. E que os homens falavam de
bobagens. Você e a outra, não – seus olhares se dirigiam sem nenhum vestígio de
pudor para as duas torres, que [discreta mas sensivelmente] se erguiam.
E que
você não suspeita de quem foi a ideia: em um repente ordenaram que os dois
ficassem de pé, soldadinhos lado a lado. E que seus olhos sorridentes se
encontraram com os sorridentes olhos da morena. Só os olhos – pois os seus lábios
e a boca de batom gloss rosa da morena se enchiam – cada uma com o falo de seu
companheiro. Estes olhavam para o céu, sem ter como agir. Vocês duas tinham vontade
de rir – mais divertidas que qualquer outra coisa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário