segunda-feira, 28 de março de 2016

Octogésima-oitava noite – O primeiro Topless

Tirei minha roupa para o primeiro namorado [boa moça que sou]. Depois para o segundo. A terceira paixão também me contemplou sem nada – e por ele, apareci para uma Legião.

Praia no Sul da Bahia, nudista ma non troppo. Eu e o namoradaço comportadíssimos a procurar um lugar na areia. [Já passáramos por uma mulher nua ao longe]. Encontramos um canto perto de moitas baixas. A uns dez metros da gente um rapaz moreno contemplava as ondas fraquinhas.

Estendemos a esteira. E eu [boa garota que sempre fui e continuando a sê-lo, embora não muito] levei minhas mãos às costas para o exato ponto do laço do sutiã, que se desfez ante meus dedos ágeis e em breve senti o ar baiano a acariciar-me os pelos claros em torno de meus bicos – em lugar nunca dantes pelo vento acariciado.

O namorado não soltou rojões nem me deu Prêmios Nobel – porque não tinha nenhum, pois, se os tivesse, conceder-me-ia às dezenas. Os olhos duplicaram de tamanho, a brilhar de ver os seios da sua namorada expostos para qualquer um ou uma que quisesse vê-los.

E o tal rapaz a dez metros aproveitou a oportunidade – nada tolo. Saiu de seu lugar, passou à nossa frente. Passo de tartaruga de muletas. Sentou de novo na areia, no outro lado. Passou de novo em frente. A cada passagem, discretas e efetivas miradas nos meus seios. Eu não podia reclamar – eu queria mostrar, ele queria ver. Nada de mais natural.

Foi o primeiro estranho que viu meus seios. O primeiro de muitos – a praia encheu, e depois teve outras praias. Por meio segundo achei esquisito. Depois adorei. Beijos.

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