Tirei
minha roupa para o primeiro namorado [boa moça que sou]. Depois para o segundo.
A terceira paixão também me contemplou sem nada – e por ele, apareci para uma Legião.
Praia
no Sul da Bahia, nudista ma non troppo. Eu
e o namoradaço comportadíssimos a procurar um lugar na areia. [Já passáramos
por uma mulher nua ao longe]. Encontramos um canto perto de moitas baixas. A uns
dez metros da gente um rapaz moreno contemplava as ondas fraquinhas.
Estendemos
a esteira. E eu [boa garota que sempre fui e continuando a sê-lo, embora não
muito] levei minhas mãos às costas para o exato ponto do laço do sutiã, que se
desfez ante meus dedos ágeis e em breve senti o ar baiano a acariciar-me os
pelos claros em torno de meus bicos – em lugar nunca dantes pelo vento acariciado.
O
namorado não soltou rojões nem me deu Prêmios Nobel – porque não tinha nenhum,
pois, se os tivesse, conceder-me-ia às dezenas. Os olhos duplicaram de tamanho,
a brilhar de ver os seios da sua namorada expostos para qualquer um ou uma que
quisesse vê-los.
E o
tal rapaz a dez metros aproveitou a oportunidade – nada tolo. Saiu de seu lugar,
passou à nossa frente. Passo de tartaruga de muletas. Sentou de novo na areia, no
outro lado. Passou de novo em frente. A cada passagem, discretas e efetivas miradas
nos meus seios. Eu não podia reclamar – eu queria mostrar, ele queria ver. Nada
de mais natural.
Foi o
primeiro estranho que viu meus seios. O primeiro de muitos – a praia encheu, e
depois teve outras praias. Por meio segundo achei esquisito. Depois adorei. Beijos.
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