sexta-feira, 25 de março de 2016

Octogésima-quinta noite – Por quatrocentas gerações possuí Tássia

Durante quatrocentas gerações possuí a alma, o espírito, a mente, o resto e o corpo de Tássia. Fui Faraó [ela era serva hebreia] e eu [não sem crueldade] penetrei seu corpo bronzeado [o sol das dunas do Sinai] debruçada sobre uma Pirâmide.

Fui seu escravo [ela Patrícia romana – ela a chifrar loucamente o marido – como geralmente ocorre com as patrícias romanas]. Ordenava que me deitasse [escravos obedecem] e uma Torre de Pisa aparecia alta e orgulhosa – para sumir logo depois quando ela se sentava em seu trono.

Fomos jovens [ela de topless e sarongue] filhos da nobreza de alguma ilha polinésia lá perto do Taiti e corremos um atrás do outro em praia azul-turquesa. E com a testemunha de alguns curiosos caranguejos e golfinhos sacrificamos mutuamente nossas virgindades encostados em palmeira em ritual com muitos gritos e algum sangue.

De alguma forma [que nunca saberei explicar como] tornamo-nos visitantes em algum balneário de gente bem de vida no sul da Itália em 1938, e ela [tenista semiprofissional] debruçou-se sobre uma mesa e levantou a sainha branca. Fiz minha parte, deslizando-lhe a calcinha [também branquíssima] até a metade das coxas.

Fomos hippies em festa de libertação pelo amor livre em alguma ilha na costa estadunidense lá por 1969 ou 1970 – eu a possui seguidamente, ignorando [com algum desrespeito às regras] os protestos dela de que queria provar outros para ser realmente livre.

Por quatrocentas gerações possuímo-nos eu e Tássia, e continuamos.

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