terça-feira, 22 de março de 2016

Octogésima-segunda noite – Você, o Presente

Eu seria [Tássia] um homem poderoso [Príncipe? Dono de minas de diamante? Banqueiro? Que importa?] e meus amigos me ofereceriam uma festa [smockings, vestidos longos, músicos que se apresentam na Champs-Elysées]. E eles e elas [bons amigos] me dariam um presente.

O presente seria preparado [Tássia] em uma sala ao lado [cada centímetro de sua alva pele seria umedecido, cada cacho de cabelo arranjado, cada pelo rebelde aparado] por amigas especializadas em beleza.

Na exata meia-noite o presente adentraria o salão de festas, entre música triunfal. O cabelo mais belo que os mais belos, a tornozeleira de diamantes, o perfume feito de encomenda na Chanel, o salto Dior da altura da estratosfera – e mais nada.

Você teria o mais fundo pesadelo e o mais divino sonho [minha cara Tássia]: estar nua entre centenas. Nenhuma observação, nem um pio – todas a admirar em admiração o presente – apenas com um ou outro cochicho quanto à sua beleza. Você avançaria [ladeada por moças belas, porém vestidas e mais baixas que você] e elas a ajudariam a deitar-se em um canapé de milionária seda verde].

E seria lá que eu tomaria posse do presente. A festa continuaria [os convivas a bebericar Chateau Lafite e as mulheres a lhe darem olhadelas rápidas] enquanto você seria por mim possuída [Tássia] na frente de todos, sem pudor nem pressa.

Depois [Tássia] já com meu smocking e meu copo de Dalmore safra 64 na mão, eu agradeceria o bom gosto dos meus amigos. E eles [gentis] responderiam que um homem como eu merece tudo.

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