terça-feira, 15 de março de 2016

Septuagésima-quinta noite – Desvirginando

No dia em que completei quarenta e três aninhos desvirginei um rapaz chamado Guilherme Luiz – e tive cuidado em decorar seu nome para figurar na lista dos meus feitos. A vítima ideal – vinte e uma primaveras, vindo do interior, estudante de engenharia elétrica que morava em casa de cômodos. Para melhorar mais ainda, tímido – deixou-se envolver pela conversa da charmosíssima recém-divorciada [eu eu eu!] com um cálice de Alexander na mão.

Os primeiros vinte e cinco minutos de conversa foram suficientes para confirmar que Guilherme Luiz era virgem de tudo – exceto de dois beijinhos rápidos na boca de uma namoradinha séculos atrás em Rondonópolis. Calculei que o rapazinho deveria ser mestre na arte da satisfação solitária manual – e mais um cálice me deu ousadia para indagar isso na bucha. Ele se camaleou em verde, azul e rosa – mas disse que sim. Perguntei se se masturbaria pensando em mim, ele engoliu em seco três vezes. Perguntei se se masturbaria pensando em meu decote – e fiz um o quanto podia, apesar de minha gola não ajudar – e o rapazinho quase a desfalecer.

Mais outros vinte e cinco minutos e eu deslizava-lhe pelo falo [em um hotelzinho de letreiros neon violeta na frente] falo esse devidamente rígido e plastificado. Senti quase o prazer cafajeste de destruir um hímen – se ele o tivesse.

E assim usei o corpo de um rapaz chamado Guilherme Luiz. Não o amava e não o mais vi depois – embora de vez enquanto sinta falta, não dele, mas do calibre entre suas coxas. Sou cruel, não??

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