sábado, 19 de março de 2016

Septuagésima-nona noite – Minha mulher com outro

Rompi a virgindade de Marielena Teresa na noite em que nos casamos e por isso imaginei que ela [boa menina, boa família e boa tudo] nunca toparia minha secreta [e talvez não tanto] veleidade de vê-la ao êxtase com um garotaço. Como ocorre com os sonhos impossíveis, comecei bem à vontade e devagar. Transávamos e eu falava como seria divertida uma variação naquela salada. Topava [como que por acaso] com modelos com pouca sunga e muito armamento e mostrava-lhe a rir [e rir muito para disfarçar] como seriam os gritos dela.

Ela sorria, tímida. Comecei a propor teatrinhos não muito inocentes – o roteiro era sempre o mesmo - eu de plateia, ela de superstar, e o coadjuvante seria um rapaz maior de idade e maior ainda de comprimento – e eu fazia o papel dele, à falta de outro ator.

Até que [não sei como – de uma forma ou de outra, e principalmente de outra] Marielena Teresa disse um sim. Engrolado, titubeante, mas sim. Apressei-me a arranjar o motel, a data, o principal [o falo e seu dono] antes de qualquer mudança de ideia. Ela ficou com poucas tarefas.

Confesso que me surpreendi quando vi o resultado do cumprimento de uma dessas: mostrou-me [não sem sorriso a rachar de orelha a orelha] a cinta-liga e a tanga de oncinha. Antes de pensar eu já dissera que com aquilo parecia uma go-go girl de boate das mais reles – e ela agradeceu.

E tirou tudo no Love´s Paradise na frente do coadjuvante que eu arranjara. Fui tomar uns dedos de uísque na saleta ao lado. Uísque bom – apenas seria melhor se o amor da minha vida não gritasse tanto.

Um comentário:

  1. Olá
    Se calhar um fetiche que muitos homens imaginam mas que poucos concretizam.
    .
    Querendo, visite(m)-me.
    Feliz Domingo

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