Masturbemo-nos,
Carla Regina [e o amor não existe]. Existimos nós [lado a lado] e [mais que nós]
existem nossas mãos - a trabalhar intensas e rápidas cada um a si e por si.
Solitários
a dois [talvez] sozinhos nunca. Roço teu braço no meu – o suor a se tocar e trocar
doce, teus olhos entreabertos [o branco dos teus olhos, Carla Regina, a semelhar
aos meus].
Tu
sonhas comigo, ou com outro, ou com outra, ou com multidão – mas essencialmente
consigo mesma, Carla Regina, pois [como diriam os sábios, se sábios realmente o
fossem] quem se ama se masturba, Carla Regina – e mesmo quem não se ama deveria
começar a fazê-lo.
Nossas
pernas [a minha e a tua, Carla Regina] se entrelaçam, a se procurar e encontrar
por acaso [cada um a imaginar sem conseguir o que imagina o outro] e assim passam
os tempos e tempestades. Roçam nossos pelos e as respirações se promiscuem. Tornamo-nos
indecentes [Carla Regina] não pelo que fazemos mas pela mistura ao fazê-lo – cada
um a se concentrar em si derrete as barreiras e não consegue distinguir a fronteira
para o outro.
Solitários
[naves espaciais em universos paralelos] nossas mãos se estendem, cada uma em
busca [tanto comovente quanto inglória] do outro. Tua mão sente o movimento
forte da minha mão – a tentar sentir sem interferir – e a minha mão faz o mesmo
na tua. Tocam [nossas mãos] cada ponto exato [cada sensação do outro].
Vivamos,
Carla Regina, e masturbemo-nos [e o amor não existe].
Sonhos eróticos quem os não tem
ResponderExcluirTambém escrevi sobre esse tema
.
Deixo cumprimentos
Belissimo... deixei-me levar- Adorei
ResponderExcluirBjocas
bom final de semana
Prazeres e carinhos Sexuais